
O Som Brasil de dezembro relembra um dos maiores compositores do país. O último homenageado de 2008 é Dorival Caymmi, que compôs músicas que ajudaram a construir a imagem de um Brasil doce e sereno para o mundo e para os brasileiros. O especial de fim de ano em homenagem a Dorival Caymmi será exibido em um novo horário: logo após o Globo Repórter. O programa reúne filhos e neta do compositor baiano, além de grandes nomes da música nacional. Para representar a obra desse baiano inspirado, ninguém melhor que sua própria família: Nana, Dori, Danilo e a neta Alice Caymmi dividem o palco com Margareth Menezes, Zeca Baleiro e a banda Moinho.
Nascido em Salvador a 30 de abril de 1914, Dorival Caymmi recebeu as primeiras influências musicais de seu pai, um funcionário público que tocava piano, violão e bandolim. Compôs sua primeira canção aos 16 anos. Aos 23, veio para o Rio estudar Direito, mas logo emplacava o primeiro sucesso na voz de Carmen Miranda, “O que é que a baiana tem?”. Em 60 anos de carreira, Caymmi compôs pouco mais de cem canções – uma obra relativamente pequena em quantidade, mas de qualidade impressionante.
A família Caymmi interpreta “Só Louco”, na voz de Nana; “Nem Eu”, cantada pela neta Alice, em sua primeira aparição num programa de televisão (ela cantou na abertura do Pan); “Sábado em Copacabana”, com Danilo, em parceria com a filha Alice; e Dori interpreta “João Valentão”. Cantora e compositora baiana de fama e prestígio mundiais, Margareth Menezes interpreta as canções que remetem ao mar, como “Pescaria”, “Morena do Mar” e um medley de “Suíte dos Pescadores” e “Temporal”. Zeca Baleiro, artista maranhense mestre no jogo inteligente das palavras e dos sons, sobe ao palco para cantar as mulheres de Caymmi, “Dora”, “Marina” e “Rosa Morena”. Moinho, grupo baiano formado pelo guitarrista Toni Costa, pela atriz e cantora Emanuelle Araújo e pela percussionista Lan Lan, interpreta um medley de “Você já foi à Bahia”, “O que é que a baiana tem?” e “Vatapá”. A banda canta ainda “Saudade da Bahia” e um medley de “Samba da Minha Terra” e “Maracangalha”.